ROUBO
DE VEÍCULOS - A Quem Interessa?
Entre
os vários crimes que infestam o Brasil, um dos que mais atormentam a todos são
os furtos e roubos de veículos.
Os
números são exorbitantes, principalmente em São Paulo.
E
em um país onde apenas 8% dos homicídios são investigados, e desses uma
porcentagem menos termina com o homicida na prisão, você acredita que alguém
irá atrás para reaver o seu carro ou moto?
Nada
nesse pais vão á fundo até exterminarem o problema, em um mar de tragédias,
algumas são ignoradas.
O
furto de veículos é um crime que tem uma grande dificuldade do criminosos ser
preso em flagrante delito, ficando a cargo de uma teórica prisão posterior após
investigação (kkkk é piada, né?).
E
mesmo quando preso em flagrante, normalmente entraria na modalidade tentada de
furto simples, onde a pena é ínfima, e mais rápido do que o policial termine a
papelada, ele está novamente nas ruas, devido a uma série de benefícios da lei, como por exemplo a transação penal, por ser entendido como um crime de menor potencial ofensivo.
Lógico
que isso é o que acontece em geral, vez o outra o criminoso dá o azar de não
ser primário, o furto ser considerado qualificado ou até mesmo entrar em
formação de quadrilha, mas isso é raro.
Voltando
ao exemplo acima, O CRIME COMPENSA! Furtando uns dois veículos por semana, ele
já tem dinheiro suficiente para se manter, ir curtir em um baile funk e fumar
muita maconha, com a sensação de que não será preso.
Os
menos competentes utilizam armas e violência, descambando para o roubo de motos
e carros. Apesar da pena ser bem maior nesse caso, pouco se intimidam, e a
probabilidade de um roubo se tornar um latrocínio com a morte da vítima é
enorme.
Mas
como nos dias de hoje, até mesmo no Brasil, isso é possível?
Com
tanta tecnologia, radares interligados com câmeras, onde mesmo um telefone
celular pode ser rastreado, ainda assim, o comércio de compra e venda de carros
e peças roubadas continuam lucrativos?
Somasse
aí o conjunto de incompetência e corrupção.
Além
dos lucros obtidos com a venda de peças roubadas (há décadas não resolvem o
problema dos desmanches), a clonagem de carros e motos de luxo, ainda há toda
uma estrutura de seguros automotivos, onde hoje o cidadão é quase obrigado a
ter um seguro contra roubo ou furto.
Em
um país que não consegue nem manter um banco de dados atualizado de seus
cidadãos, para que as pesquisas criminais e até mesmo reconhecimento facial por câmeras fosse possível.
Pois
é, durma com um barulho desses.
E
assim continuamos ano após ano.