COMBATE TÁTICO - um blog sobre Defesa Pessoal, Artes Marciais e Segurança Pública
domingo, 17 de junho de 2018
A Origem do Dragão
Bruce Lee é uma lenda, e como toda lenda os relatos sobre sua vida por vezes são apresentados de forma um pouco fantasiosa.
Bruce foi emblemático para as Artes Marciais assim como para o cinema de ação, disso não há dúvidas.
Como Artes Marciais, assim como futebol, envolve paixão, nem sempre é retratado com racionalidade.
Alguns feitos dele foram exagerados, como por exemplo alegações de quantas lutas venceu, quando na verdade a maioria foram apresentações.
Isso em nada diminui sua bela história e fantásticos feitos, mas ainda assim, por incrível que pareça, com tantos documentos e filmagens, sinto que ele carece de uma biografia mais isenta de paixão.
Quando começaram a divulgar sobre o filme A Origem do Dragão não me empolguei, no momento que vi algumas cenas fiquei mais animado, quando finalmente assisti adorei!
O tema central do longa foi o embate entre Bruce Lee (Philip Ng) e Fu Wong Jack Man (Yu Xia). Jack Man não é retratado como vilão, como foi em Dragão – a história de Bruce Lee (1993), mas sim como um monge que pretende fazer com que ele evolua e entenda os verdadeiros princípios do Kung Fu.
Não sei se foi assim que aconteceu, mas o filme foi fantástico em apresentar Bruce Lee como um ser humano com seus defeitos, um cara excepcional, no entanto vaidoso e arrogante, como realmente era e como realmente são muitos mestres de artes marciais, arrisco dizer que a maioria, isso não os torna menos talentosos.
Bruce não é herói nem vilão, é um guerreiro em busca de seus objetivos e a provar a superioridade de seu método.
A cena de luta de Lee e Jack é fantástica e carrega muito simbolismo e a mensagem do filme.
A cena final onde os dois enfrentam gangsters faz realmente o filme valer a pena, lembrando de Bruce como ele era e não um de seus personagens.
Todo fã de Bruce, como eu, deveria assistir esse filme. Diversão garantida.
Há um tempo atrás já
havia escrito sobre o tema nesse blog com o título de “Solução para a Segurança
Pública”
É um dos temas que mais
gosto, apesar de amplo e complexo, logicamente coloco apenas tópicos que
deveriam ser observados, planejados e colocados em prática.
Por uma série de motivos
não fazem. Necessita coragem, disposição, inteligência, vontade política, e
muita verba.
Pode ser o maior plano de
Segurança Pública do planeta, mesmo assim vai ser bombardeado de crítica de
quem estiver na oposição do governo, seja quem for. A mídia com certeza fará a
parte dela e dará apoio as críticas.
Sem falar na questão
ideológica que divide o Brasil, entre esquerda e direita, contando também com
os extremos.
De um lado, pedindo
soluções baseadas em extrema punição do outro uma total permissividade.
Deixando isso de lado e
concentrando-se realmente nas soluções, vamos agora tentar apontar alguns
elementos básicos que deveriam ser observados e implementados.
De acordo com a Constituição Federal
Art. 144 – A
Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos ...
Enquanto tratarem
Segurança Pública como apenas um problema de polícia, continuaremos enxugando
gelo.
É um contexto que deve
ser enfrentado em conjunto, cada um em suas atribuições, no entanto, é muito
difícil terem essa consciência.
HISTÓRICO
O caos na Segurança
Pública brasileira não é novidade, a questão é que chegou aos índices de guerra
sem estarmos em nenhum conflito.
As grande maioria das
leis penais foram elaboradas há décadas, o Código Penal, já com projeto de sua
reforma, é de 1940.
Nessa época não existia o
tráfico de drogas muito menos a epidemia do crack. Nada de crimes cibernéticos
e a corrupção sempre existente não era trilionária com intrínsecos sistemas de
lavagem de dinheiro.
As investigações talvez
tivessem uma porcentagem maior de elucidações criminais, nada comparado aos
apenas 8% de crimes solucionados.
E o mais interessante é
que a sociedade era outro, outros valores, família, religião, sem um consumismo
exagerado, entre outros motivos que por si só tornavam o país mais seguro.
Os “especialistas”
começaram a dizer que o problema da alta da criminalidade era a educação.
Foi provado que a grande
maioria dos condenados eram alfabetizados e grande parte tinha o ensino
fundamental completo, e outra o ensino médio.
Partiram então para o
problema do desemprego.
Em determinado momento o
país se desenvolveu e teve um grande aumento nas vagas de emprego, isso pouco
alterou os índices criminais. É claro que a economia do Brasil ainda é
instável, e o desemprego parece
aparecer em ciclos.
As opções estavam
acabando, então a culpa recaiu para a desigualdade
social.
Se assim fosse, países
como a Índia seriam o império do crime, mais pobreza e maior diferença social,
inclusive por castas.
Educação, desemprego e
desigualdade social, certamente tem influencia direta nos índices criminais,
mas esse é parte do problema, e por incrível que pareça não é o maior deles.
A grande maioria de
criminosos presos não se trata de analfabeto, desempregado e roubando pra
comer, mas sim de individuo alfabetizado, e vestindo roupas e tênis de marca.
Principalmente os envolvidos com trafico.
Há também um grande
número de crimes cometidos pela classe média, os principais são trafico de
drogas, entre outros como agressões, dirigir alcoolizado, etc.
A classe alta também incorre
nos mesmos crimes e ainda lavagem de dinheiro, corrupção, sonegações, etc.
O problema do Brasil é
punição. Cadeia, e certeza de que receberão uma pena alta e realmente a
cumprirão, sem regalias.
Quando finalmente
caminharem nesse sentido, a coisa poderá melhorar.
Tínhamos uma polícia
mais eficiente?
NÃO.
Menos treinamento, poucos equipamentos e um sistema falho no tocante ao
ingresso nas instituições.
Davam conta do recado?
SIM.
Pelos fatores colocados acima e também pela truculência e métodos nada humanos
de investigação, com um risco enorme de cometerem injustiças. Mesmo mantendo a
sociedade mais segura do que nunca, esse fato fez com que a polícia,
principalmente a militar, carregasse um enorme fardo após o fim da ditadura.
A polícia matava mais
naquela época?
NÃO.
Apesar do senso comum e das bobagens que dizem, a polícia matava muito menos.
Se matar criminoso fosse
a solução não haveria mais bandidos no Estado de São Paulo que ano após ano
aumenta a letalidade. Daí, retorno a dizer que a solução deve ser conjunta.
Esse aumento de
letalidade se dá pelo fato de que os confrontos são muito mais intensos e o
número de criminosos cresceu alarmantemente.
O que ocorria no passado,
que acabou pesando contra a polícia, são as acusações de excessos, tortura e truculência.
Para o Estado ficava
fácil e menos custoso não se preocupar com leis e legalidade, se houvesse
problema, bastava enviar a polícia, e que resolvessem, ponto.
Com o retorno da
democracia e a Constituição de 1988, foram concretizados uma série de
prerrogativas e direitos, outros vieram com adesão a tratados internacionais de
Direitos Humanos.
Até aí tudo bem, apenas esqueceram-se
dos DEVERES.
Ditaram uma série de
obrigações ás polícias, mas não deram ferramentas.
Uma lei fraca, uma
estrutura confusa de polícia e um judiciário deficiente, deixam os agentes da
lei na mão.
Por exemplo, o crime de
desacato a autoridade, na pratica, não pune ninguém. Como todos os crimes
necessitam da denúncia do Ministério Público na figura do Promotor, e quando
isso ocorre, a pena não será de prisão. O mesmo acontece com os crimes de
resistência e desobediência.
Se quem cometer esses
crimes for menor de idade, então, menos ainda acontece.
O sistema se resolve
sozinho, e isso faz aumentar a violência policial.
Um dia o policial cansa.
Ser xingado e cuspido, arriscar sua integridade para prender esse agressor,
para no final ele sair da delegacia antes mesmo do policial terminar a
ocorrência, não é nada agradável pra nenhum ser humano.
Talvez o policial nessa
situação aguente isso uma ou duas vezes, na próxima ele mesmo vai executar a
pena. Isso é fato. Não estou discutindo certo ou errado, mas sim seres humanos,
e gostem ou não isso continuará acontecendo.
Foi apenas um exemplo de
situação que ocorre em um país que não gosta de disciplina nem de cumprir
regras, onde as pessoas cobram direitos mas ignoram obrigações.
QUANTO AS SOLUÇÕES.
Na matéria anterior
listei uma série de necessidades como unificação ou ciclo completo de polícia,
controle de fronteiras, alterações na legislação, reforma do sistema
penitenciário, sistemas eficientes de inteligência, etc.
Questões práticas e que funcionariam.
Um pouco de exagero, talvez preconceito, mas algumas prisões no Texas determinam uniforme cor de rosa.
Agora coloco em discussão
uma saída alternativa que poderia agilizar esse processo:
FEDERAÇÃO CENTRÍFOGA
Dar autonomia aos Estados
para as questões jurídicas referentes à Segurança Pública.
Assim os Estados poderiam
elaborar suas próprias leis penais, como nos Estados Unidos da América.
Poderiam por exemplo,
tornar crime a figa de presídios ou o uso de aparelhos de telefone celular.
Como seria difícil um
país tradicionalmente centralizador como o Brasil, onde políticos que hoje são
governadores objetivam serem presidentes da República, e com certeza não querem
dividir poder, isso será muito difícil.
Uma solução então menos traumática
é permitir que pelo menos cada Estado tenha o poder de elaborar suas LEC, a Lei
de Execução Criminal.
Essa famigerada lei permissiva
eu dá excessos de direitos a presos.
Em algumas prisões os detentos ficam em tendas, menor custo para o Estado, proibição até de cigarros. Após queixas um dos diretores retrucou a imprensa: Nossos homens estão em tendas como essas no Afeganistão defendendo nosso país.
Assim poderiam cada
Estado escolher ser mais permissivo ou mais rigoroso, e o eleitor decidiria em
quem votar de acordo com suas características.
Poderiam dentro dessa
lei, limitar visitas, obrigar em crimes violentos a visita sem contato físico,
abolir a visita íntima, restringir saídas temporárias, interferir no sistema de
progressão de penas, e outros tantos controles.
Assim, com certeza, os
criminosos migrariam para Estados com menos eficiência na questão do rigor no cumprimento
de penas.
É claro que nada disso
adianta se permanecer a sensação de impunidade, o sentimento de que não será
preso nem punido.
O que ocorre é que o
risco fica na prisão em flagrante delito, caso não seja preso nesse momento, se
depender de uma investigação, dificilmente será punido.
Para isso também, seria
necessário investimento em um grande armazenamento de dados, um cadastro único,
e investimento em tecnologia, com cada vez mais câmeras inteligentes com
sistemas de reconhecimento facial.
Nada disso adiante se não
temos um controle adequando nem um bom sistema de armazenamento de dados. Em
pleno século XXI a vítima de crimes ainda precisa procurar o autor em livros de
fotos em uma delegacia de polícia.
As soluções não são muito
complexas, mas devem ser realizadas em conjunto, mas nossos políticos, além dos
problemas ideológicos, não se preocupam em resolver os problemas, ainda mais se
estiverem na oposição.
Esse é o prazo que dou para permanecer no país. Como país de terceiro mundo, é recheado de problemas, a mãe de todos chama-se CORRUPÇÃO, que se alastrou endemicamente tornando-se quase cultural e ser honesto parece ser sinônimo de trouxa. O "deixa disso" "também não precisa ser assim" "isso é assim mesmo" parece o comum ao aceitar o inaceitável. Certa vez vi um Deputado Estadual subir em um palanque em uma comemoração militar em um quartel da PM, ele era conhecido por muitos policiais, sabido que foi (quem garante que não era ainda) traficante de drogas. A grande maioria ficou indignado com a presença dele ali, mas o impressionante foi que muitos também falavam, "é política, é assim mesmo". É claro que não sou tolo o suficiente para acreditar que em sete anos a corrupção vai ser reduzida drasticamente, mas minha preocupação maior é quanto a Segurança Pública. Completo 23 anos de Polícia Militar e desde que entrei não vi melhora, por mais que nos empenhássemos, por mais que nossa jornada de trabalho tenha aumentado, por mais criminosos mortos em confronto assim como policiais que tombaram, enxugamos gelo.
A Criminalidade faz com que o brasileiro dependa da sorte. Um país em que o pouco que você conquista com toda dificuldade pode acabar de uma hora pra outra pelo simples fato de um dia trombar com um criminoso qualquer que queira seu celular ou a carteira. Ou que algum maldito encontre sua filha ou esposa em uma rua pouco iluminada.
Um circo de horrores inimagináveis que as pessoas sofrem todos os dias e é ignorado por completo. Um país em que não há nem a tranquilidade de esperar o semáforo abrir em um cruzamento qualquer, pelo medo de ser assaltado. É esse o prazo que dou pra Segurança. Sete anos para termos um mínimo de dignidade. Sugestões: Não tratar Segurança Pública como problema de polícia, e sim como um todo, cada um fazendo a sua parte; Enfrentar com coragem e rigidez, o problema da segurança são os criminosos, usar recursos da área para fazer teatro de fantoches, abraçar uma árvore, passeata vestido de branco não resolve o problema; Alterar urgente a Lei de Execuções Penais, reduzindo saídas temporárias, indultos, controle de visitas, fim da visita intima, tornar a fuga crime, etc; Ciclo completo de polícia ou unificação das polícias, dando poderes aos Estados de escolherem o sistema que entenderem melhor, desde que não haja interferência de uma corporação com a outra e permaneça diretamente com quem deu início a ocorrência até chegar ao judiciário; Autonomia aos Estados em questões penais ou no mínimo nas execuções penais, dessa forma será óbvio as iniciativas que funcionam ou não; Investir em um sistema único de identificação, com vasto banco de dados que possibilite identificações diversas como reconhecimento facial por câmeras de segurança; Fim do estatuto do desarmamento e entendimento que realmente o domicilio é asilo inviolável e sua invasão pode acarretar a reação violenta do proprietário, ou seja, legitima defesa forte; Responsabilização do governo em questões presidiárias, incluindo morte e rebeliões, o governador e secretários da área devem ser responsabilizados. O Estado deve ter o controle total dos encarcerados, disciplina rígida. Nada de tortura ou maus tratos, preso quer descontrole, bagunça, assim podem manter o crime dentro e fora dos presídios. Preso detesta trabalho e disciplina. Investir em investigação e não só no policiamento preventivo. Polícia civil, única ou seja lá o que for não deve andar uniformizada, o Inquérito policial deve ser extinto, investigadores e delegados devem investigar crimes e chegar a uma proporção aceitável de soluções. Agora se o país não muda, mudo eu. Desculpe, mas chega de contar com a sorte.
Entre
os vários crimes que infestam o Brasil, um dos que mais atormentam a todos são
os furtos e roubos de veículos.
Os
números são exorbitantes, principalmente em São Paulo.
E
em um país onde apenas 8% dos homicídios são investigados, e desses uma
porcentagem menos termina com o homicida na prisão, você acredita que alguém
irá atrás para reaver o seu carro ou moto?
Nada
nesse pais vão á fundo até exterminarem o problema, em um mar de tragédias,
algumas são ignoradas.
O
furto de veículos é um crime que tem uma grande dificuldade do criminosos ser
preso em flagrante delito, ficando a cargo de uma teórica prisão posterior após
investigação (kkkk é piada, né?).
E
mesmo quando preso em flagrante, normalmente entraria na modalidade tentada de
furto simples, onde a pena é ínfima, e mais rápido do que o policial termine a
papelada, ele está novamente nas ruas, devido a uma série de benefícios da lei, como por exemplo a transação penal, por ser entendido como um crime de menor potencial ofensivo.
Lógico
que isso é o que acontece em geral, vez o outra o criminoso dá o azar de não
ser primário, o furto ser considerado qualificado ou até mesmo entrar em
formação de quadrilha, mas isso é raro.
Voltando
ao exemplo acima, O CRIME COMPENSA! Furtando uns dois veículos por semana, ele
já tem dinheiro suficiente para se manter, ir curtir em um baile funk e fumar
muita maconha, com a sensação de que não será preso.
Os
menos competentes utilizam armas e violência, descambando para o roubo de motos
e carros. Apesar da pena ser bem maior nesse caso, pouco se intimidam, e a
probabilidade de um roubo se tornar um latrocínio com a morte da vítima é
enorme.
Mas
como nos dias de hoje, até mesmo no Brasil, isso é possível?
Com
tanta tecnologia, radares interligados com câmeras, onde mesmo um telefone
celular pode ser rastreado, ainda assim, o comércio de compra e venda de carros
e peças roubadas continuam lucrativos?
Somasse
aí o conjunto de incompetência e corrupção.
Além
dos lucros obtidos com a venda de peças roubadas (há décadas não resolvem o
problema dos desmanches), a clonagem de carros e motos de luxo, ainda há toda
uma estrutura de seguros automotivos, onde hoje o cidadão é quase obrigado a
ter um seguro contra roubo ou furto.
Em
um país que não consegue nem manter um banco de dados atualizado de seus
cidadãos, para que as pesquisas criminais e até mesmo reconhecimento facial por câmeras fosse possível.
A questão do Sistema Penitenciário nacional voltou a ser debatido
após a morte de 56 presos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim em Manaus
devido uma disputa entre o Primeiro Comando da Capital e os Amigos do Norte,
facções criminosas que disputam o controle interno das penitenciárias e o
tráfico de drogas dentro e fora delas.
O PCC, de São Paulo estende seus tentáculos pelo Brasil e América
do Sul, São Paulo se mostra incapaz de lidar com esse problema assim como o
Brasil.
O lucro é alto e não é de agora que políticos estão ligados
intimamente com essa quadrilha.
O
Sistema carcerário do país é falido faz tempo.
Posteriormente ocorreu em Roraima com cenas horrendas ocorridas
dentro desse presídio filmadas pelos próprios presos.
Arrancaram
as cabeças dos mortos e seus corações despejando-os em um balde.
O
STF decidiu pela indenização das famílias dos presos. A maioria das
pessoas abominou essa hipótese nas redes sociais.
Na
contramão eu fui a favor. O Estado é responsável pelo preso e não estou
presando pelo bem do criminoso, mas pelo controle rígido do Estado.
A
indisciplina e bagunça coletiva, apenas fortalece as facções. Os agentes
penitenciários não tem capacidade para comandarem a prisão e estão nas mãos dos
criminosos que os ameaçam.
Tráfico
de drogas, julgamentos externos, falsos sequestros, continuam gerando lucro
dentro dos presídios. E só há uma maneira do Estado tomar o controle: tendo prejuízo
cada vez que se mostrar incompetente.
E
o Secretário deveria responder criminalmente pelas mortes.
Acreditar
que o preso deve sofrer dessa maneira dentro dos presídios é uma falsa ideia de
vingança, pelo contrário, é exatamente o que os criminosos mais fortes querem
que aconteça, essa completa desorganização, assim podem lucrar.
E
alguém que comete um crime, mas não é criminoso contumaz, seja por um momento
de fúria, ou por matar alguém atropelado, por exemplo, cair lá, sem controle do
Estado, será capacho de criminosos e poderá ser obrigado a assumir os crimes
cometidos lá dentro.
Ministro Alexandre de Moraes
O
Ministro da Justiça, com outras palavras, acelerou o programa de Segurança
Nacional, que nunca houve, e em outras palavras já mostrou a intenção do
governo, que é soltar o maior número de presos possível.
Se
já não bastasse às saídas temporárias e os indultos. As audiências de custódia
já liberaram da cadeia milhares de presos.
Crimes
como furto de veículos, na prática não deixa o criminoso preso, e os índices vão
aumentando alarmantemente.
Ou
seja, deve haver prisão, penas maiores, menos regalias, fugir deve ser crime,
uso de celular dentro de presídio também, mas o Estado não pode permitir que a
qualquer momento haja rebeliões e se mostre incapaz de comandar a própria
prisão.
Não
há nada que preso odeie mais do que disciplina. Ordem.
Aproveitando
o fato, entidades e a mídia retornam com a velha história de que no Brasil
prende-se muito. Deixo o vídeo de Felipe Moura Brasil que explica isso melhor
do que ninguém. https://www.facebook.com/draculacriatura/ https://www.facebook.com/Combate-T%C3%A1tico-243935352476567/
Quem
acompanha as matérias desse blog já conhece meus pontos de vista referente à
Defesa Pessoal e Segurança Pública. Assuntos que sempre geram polêmicas e
opiniões diversas.
Sábio
aquele que consegue enxergar o outro lado, justificar suas posições ou até
alterar seus conceitos anteriormente estabelecidos.
Minha
missão em minhas aulas, hoje praticamente resumidas a Unidades da Polícia
Militar, é voltada para que o policial no tempo que dispões de seu treinamento,
muitas vezes sem nunca ter tido contato com artes marciais, é deixá-lo apto
para sobreviver nas ruas, não se exceder e alcançar seu objetivo, que irá desde
a dispersão até a imobilização para a condução e algemamento.
A
fim de atender um outro público, escrevi meu primeiro livro, COMBATE
TÁTICO
- Defesa Pessoal Urbana.
Então
entro no assunto que inspirou essa matéria: A Luta do Escritor.
Só
conseguimos entender os meandros de determinados assuntos quando nos envolvemos
diretamente com ele, então sabemos das dificuldades, ainda mais em um país em desenvolvimento
onde tudo parece ser mais difícil.
Sempre
escrevi bem e tinha vontade de fazer um livro técnico sobre Defesa Pessoal, que
realmente ensinasse algo ao leitor, tanto prático como teórico, longe de várias
obras na qual só servem para propagandear o autor e sua academia.
Descobri
que haveria basicamente duas maneiras para publicar (livro físico): através de
uma editora ou por conta própria.
Resolvi
fazê-lo por conta, ou seja, contratei a editora de um amigo, e paguei pelas
tiragens. Por sorte, esse meu amigo, Fábio, da Bueno Editora, também é fotógrafo e especialista na área de Artes
Marciais, sabia exatamente o que eu queria.
Dei
a ideia, e a partir de um desenho meu foi elaborado a capa.
Precisava
de alguém para participar me auxiliando com os golpes, então pedi para um grande
amigo, que já havia trabalhado comigo na Força Tática de um Batalhão da Polícia
Militar na Zona Sul de São Paulo, Marcos Oliveira, o Mestre Marcão, campeão e professor de Jiu Jitsu.
Foto do livro
Completei
o texto e iniciamos as fotos. Um trabalho penoso, pois nem sempre a imagem sai
exatamente como o programado, e teria que ser bem didática.
Paguei
caro por cada exemplar, devido a ser uma quantidade pequena para uma editora e
ter sido colorido.
Após
todo esse trabalho que resumi, da ideia ao resultado foram cerca de 3 anos,
tive que programar o lançamento. Local, som, convidados, divulgação, banner,
etc.
Resolvi
chamar alguns mestres de várias modalidades para realizarem apresentações,
consegui água, suco de frutas, e um bom tatame.
O
lançamento foi na Casa da Frontaria
Azulejada, no final de 2014. Apesar da forte chuva que impossibilitou a
chegada de alguns convidados, reuni mais de 100 pessoas, e também um canal da
internet, uma matéria no maior jornal de Santos e outra em uma emissora
regional.
Após
tudo isso, descobri que foi a parte fácil. Para manter as vendas é necessária a
divulgação. Livro é uma realização pessoal, não dá lucro em relação ao trabalho.
Tive
que aprender sobre isso e ainda bato muito a cabeça. Não sou um bom vendedor e
não gosto de ficar oferecendo muito menos constranger alguém a comprar um livro
meu.
Comecei
a usar a internet e por sorte, grandes figuras da mídia “internética” me deram
uma baita força, como Nando Moura, Bene Barbosa e Marcos Do Val.
Dessa
forma, o livro se espalhou pelo Brasil, sem estar em nenhuma livraria, apenas
pelo correio e contato pelo Blog e minha fanpage do face book.
Não
demorou muito para eu dizer a mim mesmo que “jamais escreveria novamente um
livro”.
Porém...
Quase
ao mesmo tempo que havia iniciado o COMBATE TÁTICO,
resolvi escrever um Romance de Fantasia Fantástica de Terror, na época nem
sabia que seria classificado como tal.
Então
fui me interessando não só pelo que escrevia, mas como fazê-lo da melhor forma
possível, comecei então a aprender e ainda aprendo sobre técnica literária.
Já
tinha título e estava em andamento - A Vingança de Drácula.
A
história iniciava logo após o fim do romance de Bram Stoker, com a ressurreição do vampiro, que agora além de
reiniciar seus planos de conquista da Europa, queria vingança com aqueles que
quase o mataram.
A
aventura se passa em vários países da Europa e conta um pouco da geografia,
costumes e folclore da cada um. Os fatos históricos da época se intercalam com
os personagens, além de reunir personagens verdadeiros e de outras obras de
terror da mesma época.
A
dificuldade foi imensa, em encaixar os personagens de acordo com a obra de
Stoker e acompanhar o desenvolvimento histórico daquele século, sem falar em
lendas e tradições relacionadas a vampiros e lobisomens, até mesmo alguns fatos
reais ocorridos.
Ainda
não estava habituado a estrutura e tempos verbais organizados, e tive que
aprender e me ater a isso, mesmo assim, hoje corrigiria alguns detalhes.
Comprei
livros, assisti documentários sobre tudo a respeito, época, vampiros,
escritores, etc. Sem contar na maratona de filmes que vi e revi de
Drácula. Minha alma estava naquele projeto.
Com
muito custo, o livro ficou pronto. Depois revisei e reestruturei algumas
coisas, sem deixar perder a alma do objeto.
E
agora?
Poucas
pessoas sabem, mas é muito difícil uma editora publicar algo de um
desconhecido.
As
histórias de grandes escritores contemporâneos são tão interessantes quanto
suas próprias histórias. Uma luta enorme até atingirem o sucesso, e outros tão
bons ainda estão nessa luta. Eu estou apenas começando.
É
só ver como foi para Paulo Coelho, André Vianco, Raphael Draccon, e ainda está sendo para M.R. Terci, um grande escritor e hoje amigo.
Esses
acima tentaram em diversas editoras e foram recusados, e por ironia, com originais
que se tornaram BestSelers posteriormente. Assim como outros
escritores estrangeiros, talvez o caso mais icônico seja Harry Potter.
Algumas
grandes editoras chegam a receber 20 originais/dia. Pesquisei quais publicavam
sobre o assunto e estavam dispostas a receber originais. Enviei vários e-mails
para diversas editoras que nem me responderam, exceto uma que propôs para que
eu pagasse parte da edição, porém eu não estava interessado.
Meu
amigo J.R.R. Abrahão, também
escritos e mago, conseguiu uma entrevista comigo na Editora Madras, então pude vender meu “peixe” pessoalmente.
Pediram
um tempo para avaliarem e eu fiquei esperando segurando minha ansiedade. Imaginei
que, caso se interessassem, solicitariam algum tipo de alteração no conteúdo,
objetivando algo mais comercial.
Um
belo dia recebi uma carta com o contrato da Madras e para minha surpresa, não
exigiram nenhuma alteração.
Um
contrato padrão. Para quem não sabe o autor recebe 10% do valor de capa em cada
unidade vendia, sujeito a promoções. E isso é á longo prazo.
Foi
um trabalho muito bom, fiz sugestões para a capa, e até algumas figuras ilustrando
o início de cada capítulo.
Concederam-me
a oportunidade de receber meus direitos em livros, 10% do total, mais alguns
exemplares do autor, isso me possibilitou fazer minhas próprias vendas.
Como
disse anteriormente, apesar de todo o esforço, esse é apenas o início do
trabalho. Apesar da editora fazer a distribuição e divulgação em seu site, o
autor precisa fazer a parte dele, ou ficará esquecido.Se não vender, a editora
não se interessará por novos livros.
O
escritor começa a se tornar conhecido a partir de seu terceiro ou quarto livro,
o leitor se identifica com o estilo e começa a procurar por suas obras.
No
meu caso foi mais difícil, pois eu já tinha um público mais ou menos formado
para Defesa Pessoal, e agora mudava completamente o foco.
Isso
consumiu muito de meu tempo. Participei do lançamento na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, fiz outro lançamento em
Santos, participei da Santos Comic Expo
e um bate papo junto com feras, como André
Vianco e o pessoal do Lenda Urbana,
na biblioteca Villa Lobos.
Saí
em algumas matérias, entre elas uma muito legal em minha casa, pela rede
Record.
Reforcei
minha fan page, Davidson Abreu - livros
e pensamentos, que devagarzinho foi chegando aos 5 mil seguidores.
Mesmo
assim, as coisas não eram fácil. Algumas resenhas surgiram positivamente, mas alguns
dos youtubers mais conhecidos por suas resenhas cobravam por serviços desse
tipo, e eu não estava disposto a isso. A vida é dura.
O
país atravessava sua pior crise, e livro é algo que não é de primeira necessidade.
O
valor de impostos sobre o livro chega a mais de 30%, e ainda concorria
diretamente com deuses como Stephen King,
sem falar que o Brasil não é conhecido por ter um grande número de leitores.
Outra
questão são os e-books, que apesar
de democratizarem a escrita, também dificultavam a exposição de matéria de
qualidade no meio de muita coisa mal feita, sem o cuidado da edição ou
revisões.
No
meio disso tudo, do meu emprego que me sustentava, ainda tinha que escrever
mais.
Finalizei
um conto baseado em uma história verdadeira de Santos, chamado de O Fantasma do
Paquetá, a pedido da Ghost Club, a
mais antiga associação de investigação paranormal do mundo, situada na Inglaterra,
entre seus membros estão Sir Arthur Conan
Doyle e Peter Cushing.
Continuei
a estudar a fim de aprimorar minha técnica, e acompanhei mais atentamente a
dificuldade de grandes talentos na área. Nesse tempo terminei outro romance,
intitulado provisoriamente de Eu,
Vampiro.
Como
tudo o que escrevo, tento impor um diferencial, além de uma história cativante
e sedutora. Nesse caso é a situação da Segurança Pública no Brasil, a violência
e situação que se encontram as periferias, além da ligação de políticos com o
crime organizado. Um assunto que conheço muito bem. Logo farei minha
apresentação a editora.
Ainda
continuo quebrando a cabeça a fim de fazer uma boa divulgação e continuar
escrevendo. Estou trabalhando em outro romance, e tenho cerca de dez outros títulos,
apenas com ideias e um esqueleto da história.
E
se você tem vontade de ser escritor, se agarre em seus sonhos. Não é nada
fácil, faça de coração, por prazer, que os frutos vão chegando aos poucos.
Ainda
estou regando minha árvore, dia a dia, vendo ela crescer. Aguardando os frutos,
então terei que protegê-los das pragas e até de ladrões.
Interessados
em comprar algum dos meus livros ou em um bate papo sobre o assunto entrem em
contato comigo nos endereços abaixo: