quarta-feira, 9 de abril de 2014

Solução para a Segurança Pública

Solução para a Segurança Pública




Muitos dizem ter a solução para o problema da Segurança Pública.
A grande maioria não sabe do que está falando e outros tentam resolver o problema de forma isolada.
A imprensa não entende o que acontece e nem quer saber. Compromisso com a verdade é inexistente na imprensa nacional.

De acordo com a Constituição Federal
Art. 144 – A Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos ...

Dizer os erros é fácil e já fiz isso em outras matérias, o difícil é o que tentarei fazer agora, apontar soluções.

Em nível Federal



A União (Governo Federal) nada faz pela segurança, e não é de hoje.
A Força Nacional é uma farsa política. Não serve pra nada, apenas propaganda.
São componentes da polícia de outros Estados que são reunidos para eventuais missões, que nada mais é do que patrulhamento ostensivo, que qualquer polícia militar de qualquer Estado faz.
Não se enganem acreditando que durante a ditadura militar o governo zelava pela segurança, na verdade apenas faziam vistas grossas aos abusos da polícia, em uma época em que tortura era o único meio de investigação.
Era mais fácil agir dessa forma e menos dispendioso do que investir em inteligência.
Com a CF de 1988 os direitos foram assegurados, porém, esqueceram de dar as ferramentas necessárias à polícia para combater o crime, como investimento, leis mais rígidas e leis que protegessem os agentes do Estado.
A mãe da violência é a impunidade.
Na prática, hoje, quem comete um crime contra um agente do Estado, sua pena é a mesma caso cometesse o crime contra qualquer pessoa.
Pior, o crime de desobediência e desacato tem penas tão brandas que quem comete o crime não será preso, no máximo uma pena alternativa.
Se for menor de idade, então, nada acontecerá.
Isso faz com que ocorra a violência policial, pois após anos o policial ao ser desacatado, xingado, ofendido, humilhado, sabe que não haverá punição a quem cometeu o crime.



É necessário:
- Construção de mais presídios federais e leis que obriguem os Estados a isolarem nas penitenciárias federais os chefes do crime organizado, que é de competência (em tese) da Polícia Federal;

- Maior efetivo da Polícia Federal, que realmente costumava fazer um trabalho competente de investigação e inteligência;

- Alterar as leis penais com urgência. Principalmente a Lei de Execuções Penais, restringindo as saídas temporárias de presos, retirando regalias como as visitas intimas, restringindo o contato com visitas, tornar crime a fuga (que hoje é “permitida”), alterando para prazos mais rígidos no tocante ao tempo para a progressão de regimes (do fechado para o semi aberto e para o aberto), fiscalização do regime aberto e semi aberto, alteração do Código de Processo Penal, etc;

- Tornar o Serviço Militar concursado e não obrigatório, dessa forma o soldado seria profissional e o crime organizado teria mais dificuldade em recrutá-lo;

- Fiscalização das fronteiras e da costa brasileira com o apoio das Forças Armadas;

Em nível Estadual



No caso, falo pelo Estado de São Paulo
São Paulo é a locomotiva do Brasil, com mais problemas do que soluções.
Durante muito tempo a política de Segurança Pública ficou perdida devido a um revanchismo político que culpava a instituição, principalmente a PM, pela perseguição ocorrida durante a ditadura, em uma época em que os perseguidos viraram perseguidores.
A imprensa colaborou com o enfraquecimento da polícia, criticando diariamente os confrontos entre criminosos e policiais, alegando que a polícia de São Paulo era excessivamente violenta.
Hoje a situação ficou melhor entre a mídia e a polícia, o aparato policial evoluiu em equipamento e treinamento, mas a criminalidade evoluiu muito mais.
O Estado, como os demais do país, carece e muito em investigação, que realmente afetem ao crime organizado que domina o Estado de São Paulo.
Parece que políticos temem investigações, portanto não investem muito nisso.
A Polícia Civil é muito visível e nem um pouco discreta, como deveria ser.
Os policiais são espalhafatosos e costumam andar uniformizados.
É raro ver notícias de grandes prisões e desbaratamento de quadrilhas realizado por investigações.



A maior parte das investigações são baseadamente quase com exclusividade em escutas telefônicas que são realizadas de dentro dos presídios.
Isso leva a crer que há um relaxamento em ações que impeçam o sinal de telefones celulares de dentro dos presídios para que as ligações possam ser acompanhadas, mas a que custo?
O atendimento, indisciplina e o nível de corrupção também são pontos bem criticados na polícia civil, enquanto que na PM a critica da imprensa é sobre os confrontos que resultam em mortes.
Cargos políticos de comando impedem que seus detentores esclareçam as causas da violência. Evitam dar entrevistas conclusivas e claras, respondem com números, mas evitam o embate.

É necessário:



- Em longo prazo estudo de unificação das policias, criando um novo sistema de polícia, diferente da Civil e da Militar, com base ao sistema norte americano, cuja extensão, diversificação cultural são semelhantes ao nosso;
Esse atual sistema gera um custo altíssimo por fazerem o mesmo trabalho duas vezes, como por exemplo, dois tipos de boletins de ocorrência e grupos de policiamento semelhantes, como ROTA e GARRA ou GOE, GATE e GER, ÁGUIA e PELICANO, etc. O ciclo de polícia deve ser único, com início, meio e fim realizados pela mesma Instituição.

- Que os comandantes e chefes esclareçam a população e aos órgãos de imprensa que a questão da violência não é apenas policial, que a polícia prende, porém o número de reincidentes que praticam novos crimes é grande, o mesmo ocorre com os menores de idade, gerando a sensação real de impunidade. Isso deve ficar claro para a população.

- Unificação imediata dos sistemas de comunicação COPOM e CEPOL;

- Unificação das Corregedorias;

- Todas as viaturas da Polícia Civil descaracterizadas;

- Construção de presídios;

- Investimento em tecnologia e treinamento em inteligência, análise de monitoramento e reconhecimento facial;

- Combate ininterrupto ao crime organizado, atacando principalmente seu sistema financeiro, apoio político, lavagem de dinheiro, etc;

- Fazer com que a PM não desvie sua atividade fim com escoltas e outros que não seja prioritariamente policiamento, investindo nos Agentes de Segurança Penitenciários, saúde, etc;

- Resgate da autoridade do professor;

Em nível Municipal



É difícil trabalhar com o município. Com todos os defeitos as polícias são muito mais organizadas e estruturadas do que muitas prefeituras, onde os cargos muitas vezes servem como cabides.
É comum atenderem uma solicitação da polícia, que é uma obrigação, como se estivessem fazendo um favor. Tendem a utilizar tudo como plataforma política.
Grande parte dos municípios não tem a cultura de compreender que também são responsáveis pela segurança.
Que um local onde haja congestionamento de trânsito ou uma rua mal iluminada é um convite a criminalidade.
As ações devem ser conjuntas.
Há prefeitos e vereadores que incentivam invasões e proliferação de favelas. Não coíbem o furto de energia elétrica e de água (gato) para não perderem votos.

É necessário:
- Trabalhar em conjunto com a polícia prestando apoio nas questões de fiscalização administrativa;

- Manter a iluminação e podas de árvores;

- Sistema de monitoramento;

- Guardas municipais;

- Vagas nos pátios para recolha de veículos;

- Fiscalização de estabelecimentos, principalmente bares;

- Fiscalização ao comércio ambulante, principalmente os que coloquem em risco a segurança, como venda de bebidas alcoólicas em locais proibidos;

- Resgate da autoridade do professor;

- Congelamento de favelas, coibir construções irregulares;

 Planejamento imobiliário;

- Coibir furto de água e de energia elétrica.

Sociedade



Em uma sociedade perfeita não existiria o crime.
Os sucessivos governos criaram uma cultura popular de assistencialismo, incutindo na cabeça do cidadão de baixa renda de que o Estado deve supri-lo em tudo.
As leis ofereceram muitos direitos e poucas obrigações.
Famílias desestruturadas, a ausência dos pais na criação dos filhos e um grande consumismo favoreceram a criminalidade.
Há anos atrás era uma vergonha para uma família ter um membro criminosos, hoje chega a ser orgulho ou até mesmo forma de coação contra algum vizinho.
A ausência do Estado nas áreas periféricas contribuem para a inversão de valores.
O morador da favela acaba preferindo continuar onde está e investir seu dinheiro em um carro novo, pois lá ele não paga imposto, IPTU , alguns não pagam energia elétrica ou pagam uma taxa reduzida, alguns tem TV à cabo através de “gato”.
O ponto de tráfico costuma ser no mesmo local a anos, e observando ele nota que o traficante está em ascensão social e é admirado.
Se ele vê policiais cobrando propina perde toda a confiança nas forças do Estado e também pode a vir sofrer violência policial.
Para completar, quando precisa de auxílio financeiro ou até de justiça recorre ao traficante que fornece a ele com rapidez.
Isso acaba se tornando uma bola de neve, que atravessa gerações.
Isso deve ser compreendido e encontrado meios de reverter a situação.

É necessário:
- Se organizar para cobrança das autoridades. Essa cobrança não deve ser pessoal nem política, mas em prol da maioria.

- Apoiar o fortalecimento da autoridade escolar;

- Relatar as ocorrências sofridas;

- Denunciar indivíduos em atitudes suspeitas, abusos de autoridade, comércios ilegais, etc;

- Fortalecimento da família.



É óbvio que é apenas um esboço, as soluções não são miraculosas nem utópicas.
São soluções básicas de acordo com outras políticas de segurança em outros países e aprimorando soluções nossas mesmo.
Basicamente, temos que compreender que enquanto houver a sensação de impunidade, não haver penas rígidas, um tempo maior em regime fechado, justiça rápida, sem aguardar em liberdade os recursos, redução da maioridade penal, nada irá adiantar.
Não é possível viver em um Estado Policial, onde deve haver quase que um policial para cada cidadão a fim de manter a ordem.
O povo deve ter liberdade, sabendo que mesmo não estando diretamente vigiado, se cometer algum crime será punido.
Se você concorda totalmente ou em parte, tenha a curiosidade de saber exatamente as propostas (e o que já fez no passado) de seus candidatos nas próximas eleições.
Hoje é mais fácil cobrá-los, e as redes sociais podem obrigá-los a fazer o que prometeram.
           As mudanças devem ser sérias, ter profundidade e os responsáveis serem mais honestos com a população, colocando de lado suas intenções eleitoreiras ou cargos que ocupam.
          Saiba qual o pensamento a respeito de Segurança Pública de seu candidato.
          Entenda qual a responsabilidade de cada cargo politico.
          Acompanhe suas ações.
          Cobre-o pelo que você espera, pessoalmente, através de cartas, e-mails e diversas formas.
          Torne público seu descontentamento, dando nome aos bois.
          Somente quando eles souberem que correm o risco de não serem mais eleitos é que começarão a tomar providências.


terça-feira, 8 de abril de 2014

LIVRO COMBATE TÁTICO

LIVRO COMBATE TÁTICO



Aos amigos que acompanham meu Blog, tenho o prazer de informar que inicio os ajustes para a edição de meu primeiro livro de Defesa Pessoal.
Após anos de experiência em Artes Marciais e Defesa Pessoal, transcrevo o que realmente é eficiente em termos de Defesa Pessoal.
Quase tudo que é traduzido no livro eu utilizei em situações reais, grande parte durante a minha carreira na Polícia Militar de forma operacional, seja atuando na Zona Sul de São Paulo ou em Santos e eventualmente em outras cidades da Baixada Santista.
Experiência essa também utilizada nas instruções que ministrei nos Cursos de Formação e de Aperfeiçoamento da Polícia Militar, onde além de ensinar aprendi muito.
Como explico no livro, a obra não tem a pretensão de ser uma nova arte marcial ou algum novo sistema de Defesa Pessoal, mas sim uma maneira prática e honesta de aplicação de técnicas efetivas, ou seja, de táticas em combate.

      Rascunho de desenho que fiz como referência para ideia de capa

O objetivo da Defesa Pessoal, e é claro do COMBATE TÁTICO não é ser o melhor lutador, o mais forte ou mais rápido, mas sim sair de uma situação de risco.
Aprender a tomar as decisões certas na hora exata, mesmo que a melhor solução seja fugir.
Como sempre digo a meus alunos, não existe o lutador imbatível, até mesmo Anderson Silva foi derrotado recentemente.

                                                     Em 2009

Mas o cidadão comum em situação de risco, ou o policial em seu dia a dia, não pode se dar ao luxo de ser derrotado, pois isso pode implicar em sua morte.
Para isso, sua maior arma é a inteligência. Ele deve estar preparado para agir de forma correta, de acordo com o tipo de agressão que estiver na iminência de sofrer.

Saber evitar o perigo.
Saber utilizar o princípio da oportunidade.
Avaliar o momento certo para atacar.
Onde e como atacar.
Ou se a melhor solução é fugir com segurança.



O assunto não é combate esportivo. A questão não é ver quem é o melhor, mas sim quem irá atingir seus objetivos para aquela situação.
A maior parte dos livros de Artes Marciais ou de Defesa Pessoal não demonstra interesse em realmente ensinar.
Alguns autores utilizam seu livro apenas para promoção e tentar seduzir o leitor a ser seu aluno.
A intenção dessa obra é realmente ensinar, tanto na parte teórica (muito importante) como nas demonstrações praticas.

                                                  Aulas em 2009

É claro que nada nunca substituirá um instrutor ou mestre, mas a matéria é apresentada com muita honestidade.
Alguns golpes apresentados são realmente violentos e podem causar lesões graves, mas um grande diferencial dessa obra é conscientizar as possíveis consequências.
Para isso, há um capítulo voltado para a parte jurídica, com questões levantadas sobre legítima defesa e lesão corporal.

Matéria para o jornal A Tribuna, após a conquista do Mundial de Hapkido em 2013

Resumindo, a parte escrita está completa, resta agora a parte fotográfica, arte gráfica e o mais importante: busca pelo patrocínio!

À medida que esse projeto for se concretizando, eu publicarei mais a respeito.


As fotos dessa matéria são meramente ilustrativas, pertencendo ao meu arquivo pessoal, sem terem qualquer relação com o livro.


O livro já pode ser adquirido diretamente com o autor R$ 35,00 + frete
Contato - facebook - Davidson Abreu
                Fan Page - Combate Tático
Ou pela Bueno Editora - http://www.buenoeditora.com.br/shop/