segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Traficantes Evangélicos proíbem cultos de Umbanda e Candomblé nos morros do Rio de Janeiro




De acordo com reportagem publicada no jornal O Globo e no Jornal televisivo do SBT (http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/34968/Traficantes-evangelicos-proibem-cultos-de-religioes-africanas.html#.Ujc_7tIp_-Q) e em outros veículos de comunicação, traficantes dos morros cariocas proíbem cultos de Umbanda, Candomblé e quaisquer outros que sejam contra a doutrina evangélica.
Esse fenômeno se dá após a evangelização dos criminosos, em geral pelos neos pentecostais.
Talvez, essa seja a matéria que eu posto que vá gerar mais polêmica e contestações, pois mexe com o assunto que mais emociona o ser humano: a religião.
Sempre que emito opinião do gênero no face book, percebo que fui excluído por alguns “amigos”.
Para antes de tudo deixar claro, não quero ofender nenhum praticante, mas fazer uma denuncia devido a maus líderes religiosos e alguns criminosos que se denominam seus seguidores.
Sites evangélicos contestam a noticia, como não podia deixar de ser diferente.
O senador Magno Malta (envolvido no escândalo dos sanguessugas, dos atos secretos e do Ministério do Transporte) também.



Mesmo os diversos crimes praticados por lideres evangélicos, devidamente comprovados, são sempre questionados por seus fiéis.
Pessoalmente, se o líder da religião que eu sigo cometer algum crime serei o primeiro a pedir a sua punição, por me sentir traído.
Voltando ao assunto em pauta, a questão é emergencial e muito delicada.
Se não bastasse sermos um país refém de criminosos, começaremos a ser reféns de intolerância religiosa?
Você acha que isso está longe de acontecer?
Se sente seguro por isso estar acontecendo longe de você?
Pois saiba que está enganado.
No Rio de Janeiro as fronteiras do crime aparentam estar bem dividida, mas é uma ilusão.



Já em São Paulo, não há nem essa aparência, pois em muitos bairros a favela está ao lado da classe média, às vezes muro a muro. Não há como fechar os olhos.
Se diversas vezes ocorrem os conhecidos “toques de recolher” onde os comerciantes são obrigados a fecharem suas portas, ou os costumeiros incêndios de ônibus, o que impedirá de traficantes ou qualquer outro criminoso determinar o fechamento de centros espíritas, de umbanda ou candomblé?
Quem serão os próximos? Cartomantes?
Sente-se seguro por ser católico?
A Igreja Universal deu um passo maior do que a perna quando tentou encarar de frente a igreja católica e o bispo Von Helder chutou a imagem de Nossa Senhora da Aparecida em canal aberto de TV.



A repercussão foi tão negativa que tiveram que rever sua estratégia de angariar devotos.
Os alvos mais fáceis são os de religião afro brasileiras, já marginalizados.
Tanto é que a referida igreja usa os mesmos artifícios, como sal grosso, sabonete de arruda, vigília dos ex pais de santo.
Palavras do Pastor Silas Malafaia ao Bispo Edir Macedo:



“– Qual a diferença da arruda da tua igreja para a arruda do centro de macumba?Qual é a diferença do sal grosso da tua igreja pra do centro de macumba? Qual é a diferença da rosa ungida da tua igreja pro centro de macumba?Qual é a diferença dos teus pastores vestidos de branco, dando passe nos outros, e com rosa e vela na mão?”



Tanto essa questão inquirida pelo Pastor Malafaia, como a questão dos morros cariocas vão além da religião, na verdade é uma questão de mercado.
Aqueles que usam a violência para expulsar os pais de santo, até acreditam no que fazem, mas são massa de manobra de quem os está usando para aumentar sua renda em uma espécie de concorrência desleal religiosa.



Provavelmente, os autores dessa violência são asseclas do pastor Marcos Pereira da Silva, condenado recentemente a 15 anos de prisão por estupro, e ainda é acusado de ameaça e outros crimes contra José Junior do AfroRegae , e uma série de outras acusações de quatro homicídios, trafico de drogas, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
O pastor ficou conhecido por evangelizar nas cadeias e a salvar condenados a morte pelo crime organizado.



Isso por outro lado, prova o espaço deixado por outras religiões, que não vão ao fundo do poço para resgatar almas ou angariar fiéis.
Tirando a pessoa do Pastor Marcos Pereira, esse é um trabalho digno dos evangélicos puros de coração, que levam a palavra de Deus a pessoas que estão realmente precisando de amparo em um momento muito difícil.
Infelizmente, o referido líder, ao que tudo indica, fez um mau uso de suas atribuições.



Independente da religião de cada um devemos repudiar a intolerância religiosa, pois apesar de parecer distante para muitos, na verdade está perto de todos nós.
Seus reflexos para a sociedade são dos piores, pois será mais um fator de medo do qual teremos que conviver, se já não bastasse a violência do dia a dia do brasileiro.
Outros países já sofreram e alguns ainda sofrem muito devido a essa intolerância, como a Irlanda, países do oriente médio, do continente africano e outros.



Não aceite qualquer intolerância, seja por parte de qualquer religião, principalmente da sua.




Nenhum comentário:

Postar um comentário