A Direita Brasileira
O termo ideológico político direita e esquerda surgiu
durante a Revolução Francesa, referindo-se sobre o local onde os grupos se
posicionavam na Assembléia, resumidamente, os liberais à esquerda e os
conservadores á direita.
Maiores detalhes sobre ideologias políticas são
facilmente encontrados em diversos sites da internet.
Sem nenhum aprofundamento histórico ou aprofundada
pesquisa, meu objetivo nesta matéria é apenas algumas observações sobre a
direita brasileira.
Pra deixar bem claro, já digo que tenho clara
tendência a ser de direita (apesar de ser canhoto rsrs).
Porém, sou totalmente democrático e contra qualquer
tipo de radicalismo, apoiando a harmonia como a melhor das soluções para nossos
problemas.
Nossa ditadura militar foi uma ditadura de direita,
diferente das ditaduras comunistas.
No retorno da democracia, as eleições foram disputadas
por dois candidatos de direita, Paulo
Maluf (PP) e Tancredo Neves (PMDB),
esse último faleceu em circunstâncias que geraram algumas dúvidas e o vice, José Sarney (PMDB), assumiu em seu
lugar.
O país beirava a um colapso, e a situação era de
hiperinflação.
Sarney teve seu tempo de glória com o Plano Cruzado, apoiado pela população e
pela Rede Globo, mas o plano
econômico não se sustentou por muito tempo e afundou.
Na primeira eleição direta foi eleito Fernando Collor de Melo (PRN), outro da
Região Norte do país e de direita.
Sua fama era de “caçador
de marajás”.
Apoiado pela Rede Globo venceu as eleições e logo
mostrou o que viria a seguir.
Péssimos planos econômicos, erro atrás de erro,
confisco da poupança, que levou milhares a falência, e o aumento da corrupção,
aliado ao fato da imprensa agora ter mais liberdade em denunciar.
Com o impeachment do Presidente Collor assumiu seu
vice, Itamar Franco (PRN), que conseguiu ao finalzinho
controlar a economia do país com o plano Real.
Com a propaganda de ser o pai do plano Real, o então Ministro Fernando Henrique Cardoso foi
eleito Presidente, iniciando seu mandato em 1995.
Dessa vez a ideologia estava mudando, pois pertencia
ao PSDB, e apesar de serem
considerados pela esquerda de hoje um partido de direita, na verdade pendiam em
centro esquerda.
FHC, era um estudioso do marxismo e durante a ditadura se auto exilou no Chile.
Depois das trapalhadas da direita, nesse momento o
poder começa a mudar de mãos em questão ideológicas, caminhando para a
esquerda.
Apesar de que o eleitor brasileiro não costuma votar
em partidos, tornando seu voto muito mais pessoal do que partidário e
consequentemente menos ideológico.
Em seu mandato, FHC parece mais adepto ao
neoliberalismo.
FHC teve dois mandatos de Presidente da República, e
passou o bastão para Luiz Inácio da
Silva, o LULA.
Dessa vez, depois de tanto tempo a esquerda nata
finalmente toma o poder no Brasil, através do voto.
LULA era um
sindicalista, mas grande parte do PT atuou durante a ditadura de forma mais
abrasiva, com atentados, sequestros e roubos a bancos.
O aumento da corrupção foi vertiginoso durante a era
Lula, mas seu carisma e boa situação econômica mundial e brasileira fizeram com
que ele ganhasse mais um mandado e ainda colocasse uma assecla como vencedora
das próximas eleições.
Agora os eleitores elegeram a primeira mulher
presidente do Brasil, DILMA Rousseff.
Essa foi bem ativa durante a ditadura, participava
diretamente nos assaltos a bancos e outras empreitadas.
Todo esse breve histórico para chegar aonde chegamos,
principalmente em relação a violência e decadência da Segurança Pública.
A
DECADENTE E CARICATA DIREITA BRASILEIRA
Lembrando: sou de direita.
Todo início de democracia costuma ter um alto índice
de corrupção.
Além da corrupção, nosso retorno a democracia também
foi incompetente na economia, e fomos chefiados pela direita.
A esquerda chegou devagarzinho e estabilizou o país,
porém a corrupção rolou solta e continua até hoje.
Como se não bastasse, o pessoal da esquerda costuma
ser avesso a ordem e a disciplina, então a Segurança Pública ficou da forma que
se apresenta: Insustentável.
Movimento dos Sem Terra (MST) a terroriza no campo e é patrocinado pelo governo.
ONGs com objetivos obscuros são patrocinadas pelo
governo.
Os chamados Black
Blocs são patrocinados pelo PSTU, partido de extrema esquerda, e vandalizam
com depredações e incêndios durante manifestações populares.
O menor de idade pode cometer crimes impunimente
Na prática, o consumo de drogas não é apenado (apenas
penas restritivas de direito, de difícil fiscalização).
As Leis Penais são fracas, as penas baixas.
A Lei de Execuções Penais prevê uma série de
benefícios aos presos, que incluem visitas intimas e diversas saídas
temporárias ao ano.
Estudantes da USP mandam na universidade, fazem greve
(!!!) escolhem reitor e não querem a polícia no campus.
E a Direita, o que faz?
Ninguém vê nas ruas nenhuma manifestação de cunho
ideológico de direita, como por exemplo para a redução da maioridade penal, ou
para o aumento da penas, ou pelo direito de porte de armas.
Os lideres de Direita que temos são ridicularizados,
entre eles:
Paulo Maluf – dezenas de processos de corrupção, a pouco tempo
fez aliança com Lula. Era inimigo ferrenho do PT, porém, apoiou Haddad para prefeito de São Paulo.
Fernando
Collor de Melo – continua o mesmo,
desde quando foi escurraçado da presidência. Porém, assim como Maluf, seus antigos inimigos são comparsas.
A conhecida bancada evangélica é notadamente
conservadora e de direita, porém, devido ao neopentecostalismo, acaba ganhando
a antipatia de grande parte da população.
O partido PRB,
pertence à Igreja Universal, que é
igual o Corinthians, tem uma grande torcida, só perde em números para os
torcedores que o detestam.
O Deputado
Pastor Marco Feliciano é um ícone negativo da direita.
É notadamente preconceituosos com tudo, incluindo
outras religiões.
Se não bastasse, há no youtube várias gravações que o
denigrem, entre elas uma em que ele diz que a África é amaldiçoada, outra ele
pede um carro pra filha dele, outra ele pede a senha do cartão do bando de um
dos fiéis, e por aí vai.
E hoje, a maior voz da direita nacional é (rufem os
tambores ....)
Deputado
Federal Jair Bolsonaro.
Bolsonaro é polemico e direto.
Deu voz aos adeptos a direita brasileira.
Fez discursos e deu entrevistas esclarecedoras sobre a
Comissão da Verdade, o terrorismo na época da ditadura, maioridade penal, e
diversos outros assuntos.
Porém ...
Seu radicalismo é seu calcanhar de Aquiles.
É nitidamente homofóbico, apóia irrestritamente Marco
Feliciano, e mantém uma imagem de racista, apesar de negar veemente.
Esse posicionamento acaba afastando até quem simpatiza
com algumas de suas idéias.
Se fosse lapidado e aceitasse sugestões, teria um grande futuro.
O Deputado
Estadual (SP) Conte Lopes era das antigas, com bordões do tipo “Cacete e
bala” e a velha “pena de morte”, são coisas que hoje em dia quem tem o mínimo
de conhecimento sabe que é impossível, isso faz com que caia no descrédito.
É extremamente vaidosos. Já
votei nele (!).
Hoje desponta como Deputado Estadual (SP) e candidato
a Governador nas eleições desse ano (2014) o Major Olimpio Gomes. Meu candidato.
Apesar dos discursos inflamados, fala com clareza e
sensatez.
Não aparenta radicalismo nem preconceitos.
Parece ser a cara que os eleitores de direita esperam
dessa ideologia tão maltratada no Brasil, que fez com que os políticos tivessem
medo de assumir sua posição de direita devido a ditadura militar.
É uma das esperanças da renovações dessa ideologia. Lembro que estamos falando de pessoas e não de partidos, por vezes personalidades de uma ideologia estão em partidos de outra.
Há outros como Afanásio
Jazadji, Eneas Carneiro, Celso
Russomano, Erasmo Dias, etc.
Portanto, a culpa da esquerda estar no poder é da
própria direita.
Isso da margem a pessoas sentirem saudades da ditadura
militar e defenderem uma tal de “intervenção
militar”.
Toda ditadura é ruim. Nenhum país de primeiro mundo se
ergueu devido a uma ditadura.
Não existe ditadura sem conflito.
Há corrupção nas ditaduras, a diferença é que não há
liberdade em denunciá-la.
Tratados internacionais impediriam o estabelecimento
de qualquer intervenção militar.
E o pior: Quando a democracia retornasse (o que iria
acontecer de qualquer modo) repetiríamos toda essa história da esquerda no
poder, corrupção desenfreada, etc.
Racheal Sheherazade é uma repórter que ousou ter uma opinião ideológica de direita em seus comentários na TV.
Angariou muitos admiradores (como eu) mas também uma série de ferrenhos inimigos, principalmente entre seus colegas da própria imprensa, que normalmente são de esquerda e até militam.
Apesar dos militantes de esquerda levantarem a bandeira de liberdade de expressão, são costumeiramente opressores e avessos a opiniões diferentes de sua ideologia.
Já dizia Holanda Cavalcanti "não há nada mais conservador do que um liberal no poder".
O QUE A
DIREITA NACIONAL PRECISA
Eleitores como eu, com uma vertente ideológica de
direita, normalmente defendemos leis mais duras, redução da maioridade penal,
direito (com restrições) ao porte de armas, políticas sociais voltadas para o
desenvolvimento e não apadrinhamento, educação eficiente, meritocracia, menos
impostos, fortalecimento da classe média, etc.
Em primeiro lugar precisamos de representantes de
direita honestos, com credibilidade. Nada de Paulo Maluf, muito menos de “rouba
mas faz”.
Uma direita laica, sem ligações diretas com igrejas.
Algumas ordens religiosas são claramente preconceituosas com pessoas de outras
religiões e tendem a beneficiar pessoas com a mesma ideologia religiosa.
Sem radicalismo. O radicalismo é intolerante, quer
ganhar no grito.
Precisamos de pessoas com argumentos fortes, mas não
raivosos e intolerantes.
Lutar e ser perseverante com suas ideologias, mas
entender as posições contrárias, só dessa forma é que conseguiremos colocar em
pratica nossas idéias.
Sem vínculos ou utopias com a ditadura militar. Não há
nada de errado em ser de direita e defender a democracia. Os Republicanos dos
EUA são de direita.
Deixar de ser caricato, com bordões idiotas,
manifestações pessoais preconceituosas, não se ater a questões menos
importantes só pela oportunidade de aparecer na mídia.
E o principal, que abrange a todos não só aos representantes:
Mostrarmo-nos presentes.
Isso é o que mais nos falta. Mostrar a todo o país que
queremos ser representados. Que não aceitamos a situação atual.
Qualquer garoto sai a rua em manifestação, seja ela
pela liberação da maconha, passeata gay, redução de tarifa de ônibus, mas a
direita fica sentada em casa.
O pessoal da esquerda tem o poder da manifestação.
Anos e anos de protestos fizeram com que se especializassem nisso enquanto nós
esperávamos a solução dos problemas sentados.
Isso fez com que ficassem profissionais em
mobilizações, muitas delas pagas, mas alcançam seus objetivos.
Vamos pras ruas. Nada de passeata pedindo paz, mas
vamos exigir nosso direito a segurança. Exigir do governo propostas reais.
Temos que aprender a pressionar os políticos.
Depende de nós mesmos.
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