quarta-feira, 24 de agosto de 2011

MIRKO “CRO COP” FILIPOVIC



            Nascido em Zagreb, na Croácia em 10 de setembro de 1974, ex policial (por isso o apelido Cro – croata, Cop – tira, policial) é um grande lutador de MMA e do K1.
            Foi campeão do extinto Pride Grand Prix 2006.
            Antes derrotou muitos lutadores conceituados em sua época. Em 1996, com apenas 22 anos, o lutador Jérôme Le Banner.
            Derrotou a estrela japonesa Musashi, Mike Bernardo, Peter Aerts, Mark Hunt e Remy Bonjasky.
            Nesse tipo de competição, o atleta lutava mais de uma vez na mesma noite, e as derrotas sofridas por Cro Cop foram devido as lesões adquiridas nos primeiros combates. Chegou até a lutar com costelas quebradas.
           Foi o primeiro lutador a vencer o gigante até então invicto, "The Beast" Bob Sapp em 86 segundos, quebrando o osso zigomático de Bob Sapp com um soco de esquerda.
                         O gigante  Sapp chorando após a derrota. Dor ou raiva?

            Curiosamente, Bob Sapp participará do remake do filme Conan, que estréia ainda este ano.
           
Ao acompanhar algumas lutas desse profissional, pude observar e consolidar alguns conceitos.
            Solidifiquei que era falsa a afirmação feita por lutadores de Jiujitsu que quase todas as lutas, seja na rua ou em eventos deVale Tudo, terminavam no chão.
            Cro Cop é um Striker, luta em pé, sendo assim aprimorou muito bem sua técnica, não deixando seus adversários levá-lo ao chão.
            Ou quando conseguiam derruba-lo, logo ele se desvencilhava e retornava para a luta em pé.
            Observando seu treinamento, assim como com certeza o de outros lutadores, ele preza pelo fortalecimento dos músculos do pescoço, resistindo melhor aos estrangulamentos.
            Uma grande dúvida que eu tinha, quanto a aplicação do chute semi-circular:
            O golpe deve ser desferido com ponto de impacto sendo a canela ou com o peito do pé?
            Resolvi usar essa terminologia, mas cada estilo de luta chama este golpe por nomes diferentes.
            Os lutadores de Muay Tay utilizam a canela. No início é muito dolorido mas com o tempo, os receptores de dor no local vão se extinguindo, ficando o local insensível.
            A pele fica mais resistente e a estrutura óssea também.
            A desvantagem é que necessita de uma aproximação maior do lutador com o adversário, e também diminui a extensão do golpe, tornando ele um pouco mais fraco.
            Pessoalmente eu preferia aplicar o chute com o peito do pé, mas com a popularização e eficiência do Muay Tay, dava a impressão de que assim seria menos eficiente.
            Outra desvantagem é que o peito do pé tem várias terminações nervosas e ossos, podendo fraturar se acertasse o cotovelo do oponente, mesmo assim eu preferia arriscar.
            Quando comecei a acompanhar Cro Cop, para a minha surpresa, observei que além de ser canhoto como eu (rsrs) também utilizava o peito do pé, que era a sua arma mais temida.



            Ainda não descobri qual foi a maneira que ele fortaleceu tanto aquela região para não ser vitimado por uma fratura, mas fiquei mais seguro quanto a aplicação do golpe.
            Outra observação interessante, é que se o chute for efetuado da maneira mais tradicional, elevando o joelho bem retinho, e só então, girar o quadril e desferir o golpe, acaba prejudicando a eficiência.
            A alegação para está técnica é que se for aplicado com a perna se elevando (no início) de forma mais aberta, fica fácil de ser bloqueado pelo o pé do adversário.
            Porém, observamos que se aplicado da forma “certinha” fica mais lento e com muito menos potência, e podemos ser surpreendido por um contra ataque.
            Ou seja, mais vale aplicar com a perna já efetuando o arco desde o início, corre o risco do chute ser bloqueado, mas será mais rápido e potente.



            Isso me lembra os jogos de vídeo game de lutas em que havia um botão para chutes rápidos e fracos e outro para chutes mais lentos porém fortes.


                                       DVD com o treinamento de Mirko


            Foi comercializado um vídeo treinamento de Cro Cop, ele também estrelou um filme de ação. Segue a sinopse:



O aventureiro Axon Rey (Mirko Cro Cop Filipovic) é um prestigiado oficial de força tática da policia e condecorado veterano de guerra. Com profundos conhecimentos em artes marciais e hábil nas armas mais modernas, Rey, adota ao codinome "Sphinx" e entra para o grupo de assassinos da SIN( red estatal de inteligência). Agora está a serviço de uma agencia do governo para lutar contra os inimigos do estado. Porém, ninguém poderia supor que o ineitavel aconteceria: em sua ultima missão, Rey falha e deverá pagar o erro com a própria vida. Mas Janus(Igor Gallo), seu superior, decide enviá-lo para a ilha de reabilitação Gulag 7. È nesta violenta prisão que Rey encontra outros inimigos do governo, num cenário onde recusar a lutar significa morte.
       

           
            Nas últimas lutas Mirko não tem ido bem. Seu estilo “trocador” gera um grande desgaste físico, e talvez a idade acabe influenciando, se bem que o lutador Herschel Walker está com 49 anos de idade e excelente forma física (diz que faz 700 flexões diariamente).

Herschel Walker, mostra sua excelente forma física e nocauteia seu último adversário aos 49 anos de idade 

            É uma pena, pois Mirko Cro Cop é uma grande estrela do MMA, e gostaríamos de assistir suas vitórias ainda por muito tempo. Quem sabe?

Dezembro de 2014
COMBATE TÁTICO - Defesa Pessoal Urbana 
Abordagem simples, direta e eficiente. Fotos coloridas.
Armas improvisadas, noções de direito pertinentes ao tema, visão de Segurança Pública.
O livro pode ser adquirido diretamente com o autor R$ 35,00 + frete
Contato - facebook - Davidson Abreu
                Fan Page - Combate Tático
Ou pela Bueno Editora - http://www.buenoeditora.com.br/shop/ 

                    

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

DROGAS ENTORPECENTES

             O país é uma piada mesmo. Enquanto estão tramitando projetos que visam diminuir as penas dos chamados pequenos traficantes (seja lá o que isso signifique), ao mesmo tempo estão tentando incriminar quem vende ilegalmente Esteróides Anabolizantes como traficantes de droga!

           Não é no mínimo estranho? Apesar de ser contra a saúde pública o anabolizante vendido para atletas, não entorpece, não alucina, e nunca se ouviu uma noticia do tipo “ele tomou deca (deca-durabolin, esteroide anabolizante a base de nandrolona) e cometeu um homicídio” ou “ele estava assaltando sob o efeito de anabolizantes”.
           Alias, os esteroides nem são tarja preta (a tarja é vermelha), como são alguns medicamentos procurados por quem quer emagrecer. Também não causam dependência física.
          Enquanto o fumante (de cigarros, ou charutos, ou cachimbo) está sendo discriminado em todos os lugares, proibidos de fumar em restaurantes e querem proibir de fumar até em locais públicos abertos, ao mesmo tempo querem liberar a  maconha!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
          O problema do uso de entorpecente não é moralista, pois além de ser uma questão de Segurança Pública, é também de Saúde Pública.
          Quanto a Segurança Pública, é notório que  o uso de drogas financia o tráfico, as drogas em sí servem de estimulo para o cometimento de outros crimes, viciados praticam crimes para sustentar seus vícios, pode gerar acidentes como os de trânsito e outros que envolvam operações de máquinas que podem por em risco a vida de terceiros, é uma das maiores causas de suicídios, destrói a relação familiar, é causa de violência doméstica, etc.
          Veja a opinião de Reinaldo Azevedo em seu Blog:
A capa da VEJA desta semana merece entrar para a galeria das sínteses de que só o jornalismo é capaz e que acabam fazendo história. Há ali uma inversão genial do senso comum. E, ao se inverter a formulação, toca-se no centro nervoso da questão da droga: o consumo.
Sim, todos sabemos que, em regra, “quem cheira morre”  — ou, ao menos, tem aumentadas as chances de uma morte precoce. E o mesmo se pode dizer do consumidor de  quaisquer drogas, lícitas ou ilícitas — umas mais letais, outras menos.
Ocorre que, em relação às drogas ilícitas, é preciso ter claro que QUEM AS CONSOME TAMBÉM MATA.
Há uma certa indulgência, no Brasil e no mundo, com o consumidor de drogas ilícitas. Curiosamente, transfere-se para a lei a responsabilidade pelos desastres sociais por elas provocados. “Ah, se fossem legais, tudo seria diferente. A culpa é da lei”. Trata-se de um raciocínio obviamente torto.
A ser assim, a melhor maneira de se acabar com os crimes é, se me perdoam a tautologia, descriminá-los. Se vale para as drogas, por que não valeria para outros tipos de transgressão? No Brasil, diga-se, o consumo, na prática, já é descriminado. Agora, o Ministério da Justiça tem um estudo indicando que também o “pequeno (?) traficante” tem de sair da cadeia.
O narcotráfico já demonstrou sua incrível capacidade de se reinventar. Se o “pequeno traficante” não tiver problemas maiores com a Justiça, é evidente que a saída para o grande traficante será fragmentar ainda mais a rede de distribuição. Até parece que um “pequeno” não está a serviço de um “grande”. Afinal, quem é o seu fornecedor?
“Então, Reinaldo, para você, também o consumidor comete um crime?” Ora, é evidente que sim. E é preciso ser um cretino ou um vigarista moral para ignorar que o dinheiro que ele dispensou na compra da “mercadoria” se transforma em dinheiro sujo e vai meter um revólver ou um fuzil na mão de um adolescente.
Quem cheira mata!
Por Reinaldo Azevedo


                          O CHEIRADOR TAMBÉM É RESPONSÁVEL - UMA CAPA HISTÓRICA


          Quanto a Saúde Pública, além de ser prejudicial ao próprio usuário, prejudica a gestação, a filhos no período de amamentação, e sobrecarrega o Sistema de Saúde que não está em condições nem de atender quem não é viciado.
          Na Holanda, onde o uso é permitido, além de sofrerem com os problemas relacionados a saúde, chegaram a conclusão que por causa tal permissão, a força de trabalho do país vem diminuindo consideravelmente, e olha que eles não sofrem com o abandono e a falência do Sistema de Saúde.
          A nova Lei de Drogas impossibilitou qualquer tipo de detenção ao usuário de entorpecentes, estabelecendo como pena uma multa ou uma pena alternativa (cesta básica, por exemplo).
         Se o condenado não pagar a multa ou cumprir a pena alternativa, o juiz poderá somente aplicar uma multa (outra) e uma “admoestação verbal”.
          O que é isso?
          É uma bronca!
         O que?!?!
         Isso mesmo, uma bronca. Do tipo: “menino mal, já lhe falei, não faça mais isso!”
          Imaginem um viciado em Crack. Ele não tem condições de pagar nem a multa nem a prestação de serviços, então fazer o que?


Solução de uma mãe de um viciado em crack. No final ela enfrentou um processo, e corre o risco de ser condenada.
          Nada! Isso mesmo. Ele pode ser pego usando drogas na frente do Distrito Policial, ser conduzido, será liberado, pode na mesma hora usar a droga de novo, ser conduzido e liberado novamente, e assim por diante que nada vai lhe acontecer.
          Mas ele não pode ser internado?
          Não. Mesmo se ele quiser, o Estado não tem instalações disponíveis, mas supondo que tivesse, ninguém é obrigado a receber tratamento se não quiser.
          Por isso que as conhecidas “Cracolândias” nunca terminam e representam um risco aos demais cidadãos.

                                                          Centro de São Paulo - Luz
                                    Durante a noite o risco de assaltos a transeuntes é triplicado.  
          
              A intenção deste artigo não é ser conservadora nem puritana, acredito que cada um, desde que bem informado, tem responsabilidade pelo próprio corpo.
              Mas no caso das drogas entorpecentes há muito mais envolvido, e não prejudica apenas o usuário, mas a família, sociedade, possíveis vítimas de crimes e ao Estado como um todo.
              Mas criticar é fácil, basta assistir qualquer jornal na TV e repassar as noticias, mas qual a solução? Isso a mídia dificilmente aborda.
              O primeiro passo é agir com coragem. Expor publicamente os que forem contra as soluções tomadas, como os políticos oportunistas que  nada fazem, mas a todos criticam quando soluções são iniciadas.
             Expor também alguns sociólogos que vivem no mundo de Alice no país das maravilhas, seguros em seus condomínios cercados, mas nada fazem pelo país.
             O mesmo pode-se dizer de alguns posicionamentos da OAB.


A recente morte de Amy Winehouse demonstra o problema das drogas, mesmo com aqueles que tem vasto recurso para a reabilitação. Vemos que é difícil para alguns dependentes quererem se recuperar, para casos deste nível a internação deveria ser obrigatória, pois somente a partir do tratamento é que o dependente toma consciência de seu estado e aceita a reabilitação.

             A Lei deve ser alterada, o dependente não deve ser tratado como criminoso, mas também não pode ser totalmente impune.
             Deve-se ter a sensibilidade para detectar quem foi pego apenas usando entorpecente, e quem está realmente em dependência.
             Ao simples usuário pode ser imposto o pagamento de multa e prestação de serviços, desde que na reincidência a punição seja maior,  pois entende-se que não foi o bastante e não cumpriu seu objetivo.
             Ao dependente, este deve ser internado obrigatóriamente, com regime rigoroso em moldes próximos a hospitais penitenciários, é claro que o objetivo maior é sua reabilitação, por isso o Estado deve disponibilizar toda a estrutura.
             Crianças e adolescente usuários de drogas, em situação de abandono também devem ser recolhidos, em instituição que além de tratá-los os preparem para a inserção ao mercado de trabalho, com treinamento e educação, que também faz parte da terapia de reabilitação.
             No Rio de Janeiro já estão implantando essa recolha forçada do menores de idade nestas condições, já apareceram os ditos sociólogos contrários a tudo.
             A situação está caótica, não há mais como esconder, o Estado terá que conter está crise, e quanto mais o tempo passa fica pior.
            Basta vontade, coragem e investimento.

30 de Maio de 2012 -
Por incrivel que pareça, após 40 anos saira um novo Código Penal, e já estão fazendo merda!
Irão descriminalizar (deixar de ser crime) completamente o uso e porte de drogas.

Hoje já não existe punição com prisão. Ou seja HOJE, SEM PRECISAR MEXER EM NADA, NINGUÉM FICA PRESO POR PORTE OU USO DE DROGAS!
Não contente, eles querem tirar qualquer punição do Código Penal, e até liberar o porte para quantidade de 5 (cinco) dias para consumo!
Isso no mínimo autoriza a pessoa a andar com 10 frasconete de cocaína, 15 cigarros de maconha (quase um maço de cigarros), 20 pedras de crac, etc. As possibilidades são imensas.

Imaginem agora as raves!
E como a polícia vai prender alguém por tráfico, se todos alegarão consumo próprio.
A pergunta que não quer calar é: Quem se beneficia com isso?
O que o país ganha com isso?
Se não temos nem clínicas para tratar dependentes.
Ganharemos mais acidentes de trânsito envolvendo viciados e inocentes, aumento nos índices criminais, maiores gastos com a saúde, queda na produtividade do trabalho, etc.
Quando eu acho que não dá mais pra piorar, aparecem com essas idéias.
Qual país do mundo já fez isso? Nenhum.
E esse país (se houver), qual os indices criminais ? Qual a relação crime/drogas em sua sociedade? Qual a eficiência no sistema de saúde?
Depois a culpa é da polícia.
Peço que em vez de nos preocuparmos apenas com futebol e carnaval, façamos cada um a sua parte para evitar que absurdos desses continuem, ou o destino de nossos filhos e netos continuarão a ser como o nosso, que vivemos atrás de grades e muros altos rezando para que não invadam nossas casa, e se assim o fizerem, apenas nos roubem, mas não estuprem nem matem ninguém.


Comparação da aparencia antes e após o uso de drogas em geral.



O nosso futuro também é responsabilidade nossa.
Como podemos ser tão alienados e não nos envolvermos nesses assuntos?


05/09/2013 - O assunto é polêmico e muito complexo.
 Ontem, estava conversando sobre isso com o (na minha opinião) o maior tatuador do Brasil, MARCELO MORDENTI, e ele expôs muito bem, de forma inteligente, o seu ponto de vista em apoio a liberação da maconha.
 Antes de me acharem conservador ou reacionário, tive e tenho amigos que fazem uso da erva, e defendo as liberdades individuais.
Conversávamos sobre a complexidade do assunto, a relação crime/drogas, o uso medicinal, o uso controlado, o uso recreativo, documentários, etc.
 Uma coisa ele me convenceu: devemos refletir se devemos ou não tratar o uso de todas as drogas de forma igual.
 Sou contra a liberação, mas nisso eu concordo. O usuário de maconha, talvez não deva ser punido da mesma forma que o usuário de heroína, cocaína, etc. Muito menos quem faz uso de anabolizantes.
 Ele colocou uma questão interessantíssima, sobre uma pessoa que está em um determinado lugar fazendo uso da maconha e próximo uma outra que faz uso de álcool, enquanto que o que utiliza a maconha vai embora após o consumo, relativamente sóbrio, o que faz uso de álcool sai cambaleando e vomita.
 Porque apenas o usuário da maconha deve ser criminalizado.
 Complexo o assunto.
 Antes de mais nada, sou contra a proibição do álcool - Ver a minha resposta dos comentários abaixo.
 Como disse, o assunto é complexo. E repito, hoje ninguém fica preso por uso de drogas, seja ela qual for. Situação muito criticada pelos doutrinadores do direito.
 O que falta é discutir o assunto de forma imparcial, levando em conta a situação econômica e cultural do país, os reais objetivos de quem luta (politico) pela liberação e que vantagem o Brasil teria com isso.