terça-feira, 28 de março de 2017

7 ANOS PARA MUDAR O BRASIL

7 ANOS PARA MUDAR O BRASIL



Esse é o prazo que dou para permanecer no país.
Como país de terceiro mundo, é recheado de problemas, a mãe de todos chama-se CORRUPÇÃO, que se alastrou endemicamente tornando-se quase cultural e ser honesto parece ser sinônimo de trouxa.

O "deixa disso" "também não precisa ser assim" "isso é assim mesmo"  parece o comum ao aceitar o inaceitável.

Certa vez vi um Deputado Estadual subir em um palanque em uma comemoração militar em um quartel da PM, ele era conhecido por muitos policiais, sabido que foi (quem garante que não era ainda) traficante de drogas.
A grande maioria ficou indignado com a presença dele ali, mas o impressionante foi que muitos também falavam, "é política, é assim mesmo".

É claro que não sou tolo o suficiente para acreditar que em sete anos a corrupção vai ser reduzida drasticamente, mas minha preocupação maior é quanto a Segurança Pública.

Completo 23 anos de Polícia Militar e desde que entrei não vi melhora, por mais que nos empenhássemos, por mais que nossa jornada de trabalho tenha aumentado, por mais criminosos mortos em confronto assim como policiais que tombaram, enxugamos gelo.


A Criminalidade faz com que o brasileiro dependa da sorte.
Um país em que o pouco que você conquista com toda dificuldade pode acabar de uma hora pra outra pelo simples fato de um dia trombar com um criminoso qualquer que queira seu celular ou a carteira.
Ou que algum maldito encontre sua filha ou esposa em uma rua pouco iluminada.



Um circo de horrores inimagináveis que as pessoas sofrem todos os dias e é ignorado por completo.
Um país em que não há nem a tranquilidade de esperar o semáforo abrir em um cruzamento qualquer, pelo medo de ser assaltado.

É esse o prazo que dou pra Segurança. Sete anos para termos um mínimo de dignidade.

Sugestões:

Não tratar Segurança Pública como problema de polícia, e sim como um todo, cada um fazendo a sua parte;

Enfrentar com coragem e rigidez, o problema da segurança são os criminosos, usar recursos da área para fazer teatro de fantoches, abraçar uma árvore, passeata vestido de branco não resolve o problema;

Alterar urgente a Lei de Execuções Penais, reduzindo saídas temporárias, indultos, controle de visitas, fim da visita intima, tornar a fuga crime, etc;

Ciclo completo de polícia ou unificação das polícias, dando poderes aos Estados de escolherem o sistema que entenderem melhor, desde que não haja interferência de uma corporação com a outra e permaneça diretamente com quem deu início a ocorrência até chegar ao judiciário;

Autonomia aos Estados em questões penais ou no mínimo nas execuções penais, dessa forma será óbvio as iniciativas que funcionam ou não;

Investir em um sistema único de identificação, com vasto banco de dados que possibilite identificações diversas como reconhecimento facial por câmeras de segurança;

Fim do estatuto do desarmamento e entendimento que realmente o domicilio é asilo inviolável e sua invasão pode acarretar a reação violenta do proprietário, ou seja, legitima defesa forte;

Responsabilização do governo em questões presidiárias, incluindo morte e rebeliões, o governador e secretários da área devem ser responsabilizados. O Estado deve ter o controle total dos encarcerados, disciplina rígida. Nada de tortura ou maus tratos, preso quer descontrole, bagunça, assim podem manter o crime dentro e fora dos presídios. Preso detesta trabalho e disciplina.

Investir em investigação e não só no policiamento preventivo. Polícia civil, única ou seja lá o que for não deve andar uniformizada, o Inquérito policial deve ser extinto, investigadores e delegados devem investigar crimes e chegar a uma proporção aceitável de soluções.

Agora se o país não muda, mudo eu. Desculpe, mas chega de contar com a sorte.